Aprenda a como reduzir custos na gestão do condomínio
Com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas tiveram suas rendas seriamente comprometidas: desemprego, produtos e serviços cada vez mais caros, síndicos de todo o país se viram pressionados pelos moradores para reduzir a taxa condominial, por exemplo.
Para que a estrutura do condomínio siga funcionando normalmente em tempos de pandemia, o síndico pode fazer algumas mudanças significativas para conter gastos e ainda economizar.
Neste artigo, vamos mostrar o que pode ser feito para economizar e não prejudicar a gestão do condomínio, quando utilizar o Fundo Condominial e como lidar com a inadimplência dos moradores.
Quais são as principais despesas de um condomínio?
As despesas de um condomínio são divididas entre despesas ordinárias e extraordinárias. Confira abaixo quais são elas:
Despesas ordinárias: referentes a rotina e administração do condomínio.
- Consumo de água, luz, internet, gás
- Limpeza e conservação de pintura
- Despesas administrativas, seja feita pelo síndico ou administradora de condomínio
- Manutenção e conservação de equipamentos (extintores, caixas d’água, elevadores, equipamentos destinados ao lazer, entre outros)
- Pagamento de pessoal
Despesas extraordinárias: são todas as despesas que acontecem de forma imprevisível, portanto, o condomínio precisa ter dinheiro em caixa para situações pontuais, como:
- Vazamento e infiltrações
- Instalações de equipamentos (telefonia, internet, segurança, lazer, etc)
- Obras e/ou reformas e substituição de equipamentos
- Pinturas de fachada, áreas comuns, iluminação
- Constituição de fundo de reserva
Veja agora nossas dicas de como reduzir custos e economizar na gestão do condomínio!
Redução de horas extras
A mão de obra e encargos correspondem pela maior fatia dos gastos no condomínio, bem como as horas extras. O que pode ser feito é o síndico criar uma escala de trabalho no esquema 5×1 (cinco dias trabalhados e uma folga), 7h20 por dia, com horários de 6h às 14h20, 14h20 às 22h40 e 22h40 às 06h.
Faça cotação com diferentes fornecedores
Antes de fechar contrato com alguma empresa ou fornecedor para realizar algum tipo de serviço no condomínio, a dica é comparar preços e se o custo-benefício oferecido corresponde ao valor cobrado. Portanto, PESQUISE!
Consumo de água e luz
As contas de água e energia concentram até 20% das despesas mensais do condomínio. Para ajudar a reduzir tais custos, vale conscientizar os moradores e funcionários do prédio (zeladores, jardineiros) quanto ao consumo através de campanhas educativas, por exemplo. Outra estratégia eficiente é substituir as lâmpadas comuns pelas do tipo LED, investir em sistemas de reutilização de água para captar água da chuva (lavagem de carros e irrigação das plantas) e instalação de painéis solares.
Renegociação de contratos
Como vimos, serviços de portaria, limpeza, manutenção de elevadores e piscina entram no campo das despesas ordinárias, portanto, não devem ser desconsiderados. Aqui, o síndico ou a administradora do condomínio pode investir na renegociação de contratos de prestadoras de serviços. Em alguns casos, é possível gerar economia de até 9% para o caixa do condomínio.
Fundo de reserva condominial
O Fundo Condominial é uma taxa extra arrecadada entre os condôminos que varia de 5% a 10% do valor do condomínio, destinada a cobertura de despesas emergenciais, também pode-se recorrer ao Fundo quando a taxa de inadimplência gera maiores riscos para a administração do condomínio. Em outras palavras, atua como suporte financeiro do condomínio.
Sendo assim, é correto afirmar que o Fundo de Reserva Condominial seja a melhor saída para conter maiores despesas? A resposta é NÃO. Para que o Fundo Condominial seja utilizado, é preciso analisar os aspectos econômicos e jurídicos que circundam a situação do condomínio, geralmente votado em assembleia, para que, então, justifique seu uso.
O Fundo de Reserva é indicado somente para gastos emergenciais, como obras estruturais. Em caso de manutenção, o dinheiro destinado para manutenção de rotina (despesas ordinárias) vem da taxa condominial.
E a inadimplência, como resolver?
Segundo o Código Civil, um dos deveres do condômino é “contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção.”. Já o síndico tem como dever cobrar dos moradores a taxa condominial para manter as despesas ordinárias em dia.
Quando um morador deixa de pagar sua taxa condominial, sobrecarrega a contribuição dos demais. Embora a pandemia tenha contribuído para o crescimento da inadimplência nos condomínios no último ano, a taxa condominial não deve ser ignorada. Sem esse montante, o síndico não poderá conseguir fazer os investimentos essenciais para melhor convivência no condomínio, incluindo os protocolos de segurança indicados pela OMS para proteção contra o COVID-19.
Em situações como essa, o síndico deve conversar de maneira franca com os condôminos e reforçar a importância de estar em dia com suas obrigações e analisar de maneira cuidadosa os inadimplentes para entender seus motivos.
Com paciência e parceria, essas dicas vão ajudar qualquer síndico a encontrar o equilíbrio ideal para conseguir economizar na gestão do condomínio. Esse artigo foi útil para você? Deixe sua opinião nos comentários.
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